sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

De: poesia10@googlegroups

Em nome de Paulo Ruivão
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 00:05
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Porque escrever?


Porque escrever? É mais fácil que "o que é poesia " ou mais subjetivo?
essa é uma questão interessante para reflexão e seria legal se
respondida em versos. Boa inspiração.



Em nome de Polianna Menina
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 00:53
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: Porque escrever?

escrevo pra não calar...porque escrever é derramar-se...é entregar-se ao diálogo interior...viajar sem destino..por lugares seus...infinitos... escrever é doar a quem queira sua inspiração...é contar em rabiscos totalmente verdadeiros...um pouco de você...ou um pouco de tudo o que há em você...dizer o que pensa ao papel...para que ele seja encontrado...por quem deseja te saber... escrever é a musica das mãos...é a poesia no chão...no chão do papel...aquele...que um dia será encontrado...e te fará infinito...ao menos para um olhar... escrever é ser...sem voz...sem rosto...apenas com riscos...que nascem no coração e por não não mais caber...buscam deitar-se em folhas eternas e solitárias...


Em nome de Jorge Fernando
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 08:44
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?


Com as palavras eu me expresso
me sinto, me abro
Com os escritos eu sou quem sou
me vejo, me mostro

Escrevo pra tocar algo
que seja, inatingível pela fala
ou mesmo por gestos,
mas que seja possível e carregado de sentimentos

Escrever me faz bem,
me faz rir
faz também chorar
até mesmo amar

Não escrevo pra ser um poeta
ou mesmo um escritor,
escrevo pra mostrar ao mundo
aquele eu, que apenas eu
sempre fui e sempre serei



Em nome de Karin Hessel
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 09:21
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Cc: Tantas Letras! - SBC
Assunto: RES: Porque escrever?

Tantas Letras

Respirar palavras
Inspirá-las
Uma
A
Uma

Degustar
O doce
E o amargo

Transpirar o verbo
Saciar-se

Regozijar
E agonizar

Na dança das letras
Tantas letras!

Uma
A
Uma

Materializar-se
No papel

Traduzir-se
Mostrar-se

Perder-se.

(karin hessel)

“beijos a todos!!!!”



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento

Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 11:34
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Versos vazam das veias
Encharcados das cores do coração
Talvez rastros na areia
Talvez discursos em vão

Vou cantando minha vida
Vou vivendo minha canção
Todo dia nessa lidaVou seguindo minha paixão

Passo eu, passa o mundo
Minha missão é cantar
Cigarra convicta, por saber no fundo
Que minha canção não vai passar



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 13:15
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Desculpem, mas acabo de mudar os versos. (não faço ideia se melhorou ou piorou rsrs)
(...)Versos vazam das veias da vida
Dádivas encharcadas das cores do coração
Talvez rastros em areias perdidas
Talvez discursos em vão

Vou cantando minha vida
Vou vivendo minha canção
Pelejando nessa lida
Realizando minha paixão

Passo eu, passa o mundo
Minha sina é cantar
Convicta cigarra, por saber, no fundo
Que minha canção não vai passar!

(Ficou assim. por enquanto...)(PS: Concordo com vocês...Também me acho um chato.)
abçs



Em nome de sueli rodrigues
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 18:10
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: [tantasletras] Res: Porque escrever?

Porque escrever?

Desenhos deixados nas pedras
Escritos cuneiformes eternizados
Palavras transformando o mundo
Tantas letras, tantas palavras
Porque não usá-las?

Escreve-se por puro prazer,
Talvez por timidez,
E É mais fácil que falar,
Escrever pode ser fascinante,
Só o sabe quem já fez.

Leio diversos escritos.
Escritos de todas as formas:
Bilhetes, cartas, jornais,
Rascunhos, enigmas e bulas
Nada me satisfaz.

Então escrevo versos
OS MAIS VARIADOS POSSÍVEIS,
Talvez por puro prazer.
Escrever pode virar um vício,
Um vicio muito gostoso.

Agora já sei porque escrevo:
Adoro brincar com as palavras,
E Encontrar um final feliz
Para as tristes lembranças
Que estão dentro de mim.

Sueli.



Em nome de ARIOSO Milton José
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 20:29
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Por que escrever?

Escrevo para me encontrar;
pra descobrir onde estou.
Pra reencontrar o sentido que perdi
Das muitas curvas por onde passei

Escrevo pra ouvir das Palavras
Pra sentir o vento das letras
Pra perceber...
O que dizem de mim

E no fundo,
Descobrir que sou assim,
um mundo de palavras,
Anseios,
Possibilidades,
Um mundo em uma palavra.


Abraços pessoal.
Milton Arioso
http://blog.miltonarioso.com



Em nome de Cris
Enviada em: quarta-feira, 19 de maio de 2010 22:36
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Olá pessoasNão compareci na primeira aula, pois estava num evento. Trabalho com isso.Mas eu amo escrever, me deixa mais leve ... com música ao fundo então ... nossa me completa!BjosssCris*
http://meadiciona.com/spaincris



Em nome de Darmira Oliveira Lourenço
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 02:52
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: Porque escrever?

Olá pessoal estarmos juntosEstá sendo muito bomconhecendo tantas letrasNão sabia onde encontrar Encontrei perto de todosSubindo,descendo á esperar Chegando perto delaspondo-as no lugar Que lugar será pereito?Aquele que o poeta Pensar.


Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 08:37
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Estou adorando esta experiência, inédita para mim, de ler e escrever poesia pela internet. Estão aparecendo belos e inspirados textos. Quero agradecer a quem teve essa ideia e espero que todos aproveitem essa oportunidade para compartilhar seus textos. Aproveito para deixar a versão atual da minha poesia-resposta.

Sina de cigarra

Versos vazam das veias da vida
Dádivas encharcadas das cores do coração
Talvez pegadas em areias perdidas
Talvez canções cantadas em vão

Mas vou cantando minha vida
E vou vivendo minha canção
Sempre seguindo nessa lida
Até cumprir minha missão
Passe eu, passe o mundo
Minha sina é só cantar
Cigarra convicta, por saber no fundo
Que minha canção não vai passar!
Abçs
Fábio




Em nome de Márcia Alcântara
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 08:50
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Por que escrever?!

Escrevo para de mim
Escapar!

Escrevo para sair
Do mundo de agora!

Escrevo para no mundo
Das letras entrar!

Escrevo para externar
Emoções!

Escrevo para imaginar
Tudo que há!

Escrevo para que a
Angustia se vá!

Escrevo porque
Nas letras posso em silêncio gritar!

Escrevo porque
Parece ser nas letras o meu lugar!

Márcia Alcântara
Manhã de outono 2010.



Em nome de Paula Correa
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 10:02
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Res: Porque escrever?

Constância das palavras
Dizer o que digo:é fato.
Transcender o fato:é um f e i t o
*
Desafiar a si mesmo
na busca incessante
de sentido
**
Brotar das letras
Proteger a incógnita
***
Constância das palavras


Paula Cristina



Em nome de Reginato
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 13:07
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: [tantasletras] Resumo 23

Talvez escrever NãO SEJA A QUESTÃO
COMEÇAR
Por que começar que devemos teremos DERRUBEMOS
Começamos

E a tal da forma...
VERSOS?



Em nome de Cintia Santos
Enviada em: quinta-feira, 20 de maio de 2010 23:56
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Porque escrever?

Escrevo versos errados,Estrofes ultrapassadasE rimas trocadas! Escrevo para não chorar,E principalmente por ainda sonhar! Cintia Machado Posso viver sem escrever? Sim, porém apenas existiria.Posso viver sem a poesia da vida? Aí sim, eu morreria! (Minha visão- discussão em sala de aula- Letras 6º semestre, prof. Raquel Naveira)



Em nome de danubia ivanoff
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 00:51
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: porque escrever

Porque sim, porque senão

À bossa fina poesia se inclina
Poesia à música, poesia à dança
Poesia em missão, lírica dominação
Poesia científica, poesia revolução

À ciência, à sapiência e a quê mais diria
Poesia divina, poesia concreta
Poesia direta seria a minha se fosse pouco mais romântica
Poesia ROMÂNICA, homenagem anacrônica à pixação!


Poesia de rua, poesia crua
Poesia lápide, pó-é-sia
Hinos e Canção
O que seria da poesia?
Não fosse a nossa azia,
Nossas mágoas, alegrias e omissão.

Poesia-participativa,
tantas letras
Poesia-democracia
tantas tretas
Aproveitemos, poesia não é só palavra
é também palavrão

Poesia é vento, relento, sol,
leito, vômito, inspiração
É nossa traição

Porque escrevo?
Minha poesia escreve
Na contramão à desumanização
Do tal ser humano forte, programado
à certos superfluos tipos de invenção.

Danúbia Z. Ivanoff



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 08:55
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

De: Fabius Chatus Teimosus Metamorphosicus Rimatorius (IV)
Sina de cigarra (4ª versão)

Versos vazam das veias da vida
Dádivas encharcadas com as cores do coração
Talvez pegadas em areias perdidas
Talvez canções cantadas em vão

Contudo, sigo cantando minha vida
Procurando viver minha canção
Perseverando nessa lida
Até cumprir minha missão

Passe eu, passe o mundo
O que me importa é poder cantar
Cigarra convicta, por saber no fundo
Que minha canção não vai passar

(Sugiram logo outra proposta, por favor, se não... rsrs)

Abços. Até sábado.
Fábio




Em nome de Karin Hessel
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 09:19
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RES: Porque escrever?

Pessoal, aí vai mais uma:

Sopa de letrinhas

Ferve
Ferve
Caldeirão

Na cabeça
Queima e arde

Sol
Lembranças
Pensamentos

Palavras
Borbulhas
Febre

Transpira
Cozinha

Serve

Poesia de todo gosto

Na mesa
Evapora
Esfria

Esquece...

(karin hessel)



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 09:28
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

A última chateação:
fica (...)"Dádivas coloridas com as cores do coração"
e ponto final. Prometo.
Gente, este espaço está parecendo um jardim cheio de rosas, orquídeas e lírios poéticos! Que maravilha! Obrigado a todos pelos belos presentes, por estas flores no deserto.
Fábio



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 12:46
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: [Bulk] Re: Porque escrever?

Omissão

Escrever? Participar? Me expor?...
Deixa disso
Meu texto parece um ouriço, um chouriço...
O que vão pensar?
Sublime?
Vulgar?...
E se depois quiserem me pegar?
Só de imaginar, começo a suar...
E se descobrirem que sou louco?
(Outro dia não me confessei por pouco...)
Vou ficar no meu canto, sozinho com meu canto...
(As paredes pelo menos não reagem...)
Não quero incomodar
Nem emocionar
Nem fazer rir, nem chorar
Nem permitir que venham me ridicularizar
E aquele chato, que só sabe rimar?...
Quem pode suportar? Ele vive querendo me provocar...
Prefiro vegetar.
Grama sem flores...
Árvore sem frutos...
Vou me calar
Shhh!!!
As musas podem acordar!



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 14:12
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Em tempo: O texto anterior, pensei melhor, chama-se Pró-Vocação e é uma brincadeirinha. Desculpem-me qualquer mancada ou mal-entendido.
Fábio



Em nome de Cintia Santos
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 15:15
Para: Tantas Letras 2010
Assunto: Porque escrever?

Segue mais um... LIVRO DA VIDA O mundo é um buraco profundo,preenchido por pensamentos vazios.Brinco com a vida, crio palavras!Registro instantesFotográfo momentosE anexo ao meu livro do Destino. Um livro de capítulos confusos,contos banais inacabados...Histórias de heróispersonagens de um reino distante.E sombra de pirataso elenco de um mundo real. Abro a primeira página...Palavras soltasPalavras complexasUma dedicatória incompleta! Viro a página,Letras embaralhadas.São rascunhos registradosQue não posso reescrever. A cada página viradaUma lágrima deslizaE um sorriso se concretiza. Poemas perdidosNa escuridão da desilusão.Histórias sincerasDe uma alma errante.São páginas incompletasDe um final incerto... Cintia Machado


Em nome de rogerio luiz custodio
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 17:41
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: Porque escrever?

Buenas Escrevo porque ha tinta papel parede lápis caneta letras palavrasSó me cabe junta-las bem ou mal belas ou feias as vezes fudemos as palavras em agrupamentos ridiculos criando monstros horrendos(na maioria das vezes)mais para compensar esporadicamente marcamos um belo e decisivo gol que nosmantem sequiosos e desejosos quanto a próxima peleja. Quero ser Poetamesmo que seja tosco mesmo que torto sejae se não deronde quer que vicejapoesia veme me beija Um abraço do Mano Cabeça





Em nome de airtonmendes
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 18:09
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Escrever é pintar a vida com as palavras
E como é difícil!
Primeiro porque a combinação das tintas
Nem sempre dá certo
Aí nos resta a opção de tentar nova pintura
E vamos colocando tintas sobre tintas
(Porque tela só existe uma)


Abraço a todos(as)

Airton Mendes





Em nome de Márcia Alcântara
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 20:23
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Boa noite meus queridos,
não estive no nosso primeiro encontro,
trabalho com vendas e então não consegui estar lá...
mas, estou aqui participando,e agora vai mais uma poesia, beijos para
todos vcs.

Diante...


É diante de um mar de nuvens
A correr o azul do céu
Que me vem tantas letras...

É diante das impossibilidades,
Do meu interior
Que me vem tantas letras...

É diante da realidade
Que fujo para o surreal
E como magia é
Que me vem tantas letras...

Não, não me pergunte,
Como me vem agora tantas letras...
Sei que lá fora a Lua sorri
E eu estou aqui a contar
Tantas letras!

Márcia Alcântara
Outono 2010




Em nome de polianna menina
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 22:29
Para: poesia tantas letras
Assunto: minhas letras

quantas letras...não quantas...tantas...são poucas mais belas...pequenas ...esferas...formam estórias...notórias ou não...criam contos...de amor de paixão...mentem... sentem...são...pequenas palavras que como tantas...jogadas ao ventoe ao relentose dão à qualquer quererque nem se precisa saberindepende do estadoindepende do estar existempersisteminfinitasfavoritasminhas...de mim...pra vc...



Em nome de polianna menina
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 22:41
Para: poesia tantas letras
Assunto: somos

somos todos letras...tantas letras...lindas letras...eu e vc somos sílabas...cada um...um pedaço...quada qual seu espaço...o que se formará...o que vcs de mim farão??o que serão pra mim então??os quero todospra nascermos algumas palavras...crescermos alguns textos...e vivermos alguns livros... bjssssss




Em nome de Paulo Ruivão
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 23:02
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?


Pela arte.

O Pintor colori sua alma na tela!
Sangrando,cor, tom,dor, pinceladas:
Primárias secundárias terciárias
revela o tempo de forma tão singela

O Escultor vê a formula da criação?
Na própria criatura natural objeta.
E tenta com mãos deixá-la completa
registra essa ideia na livre vastidão

O Escritor manipula os símbolos
caractere características cruciais
contam hitórias irrealmentereais

E o Poeta: Esculpe a palavra pinta
escreve pensamentos profundos
versos prismáticos mirabolantes





Em nome de Paulo Ruivão
Enviada em: sexta-feira, 21 de maio de 2010 23:56
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: A Obra e o Poeta

A obra explica a vida do Poeta ?
E a vida do Poeta explica a obra?




Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sábado, 22 de maio de 2010 11:19
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

De: Fabius Viramundus

"Viramundo inveterado
Se não me matarem, eu mato essa desnutrição
E um dia ainda viro esse mundo
Em poesia, festa e pão"
(Citações livres mescladas de Gil e Raul)

Pró-Vocação (2ª versão)

Escrever? Participar? Me expor?... Deixa dissoMeu texto parece um ouriço, um chouriço...O que vão pensar?Sublime? Vulgar?...E se depois quiserem me apedrejar?Só de imaginar as reações, começo a suar...E se descobrirem que sou louco?(Outro dia não descobriram por pouco...)Vou ficar no meu canto, sozinho com meu canto...(As paredes pelo menos não reagem...)Não quero incomodarNem emocionar, nem inspirarNem fazer rir, nem fazer chorarNem permitir que venham me ridicularizar
(Por que pode ser o preço da coragem de partilhar...)E aquele chato, que só sabe rimar?...Quem o pode suportar? Ele vive em mim querendo me pró-vocar...Prefiro vegetar.Gramado sem flores...Árvore sem frutos...
Talvez completo e desolado deserto...Vou me calar...Shhh!!!
Silêncio!!!As musas podem despertar!...
E se elas fizerem um Jardim do Éden deste lugar?!
Como iremos ficar?!!!...
(...)
Sina de Cigarra

Versos vazam das veias da vidaDádivas encharcadas com as cores do coraçãoTalvez pegadas em areias perdidasTalvez canções cantadas em vão Vou cantando minha vidaVou vivendo minha cançãoProsseguindo nessa lidaAté cumprir minha missão Passe eu, passe o mundoO que me importa é só cantarCigarra convicta, por saber no fundoQue minha canção não vai passar

Um ótimo final de semana para todos!
Fábio




Em nome de Paula Correa
Enviada em: sábado, 22 de maio de 2010 12:21
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Res: A Obra e o Poeta

Eu acredito que a vida do poeta como de qualquer escrita não explica a obra, pois esta deve transcender o relativo da vida cotidiana. E ao analisarmos um poema, nunca falamos o autor diz isso, ou diz aquilo, sempre quem fala é o eu-poético ou eu-lírico. O eu-poético é criação do autor, podemos verificar semelhanças, mas ainda não é o autor.
Logo, a obra não explica a vida do poeta. A poesia não é, a meu ver, algo fechado, por isso ela não pode se deter nesses assuntos biográficos...

Tomemos, por exemplo, a vida de Manuel Bandeira em seu primeiro livro A Cinza das Horas, obra melancólica, irônica e por vezes triste. Quando escreveu os poemas desta obra, Bandeira estava num momento muito complicado de sua vida: estava com pneumonia e na época essa doença era quase incurável. Bandeira foi se tratar num sanatório em Clavadel...
Por mais que queiramos associar a vida de Bandeira nesta época com os seus momentos de A Cinza das Horas, não devemos porque estaremos diminuindo a obra. Há sim espaços para comparações históricas e biográficas, mas nunca essas comparações são afirmações, apenas sugestões, possibildades, nunca esquecendo de que a voz do poema é a voz do eu-poético, que está além de qualquer biografia, pois é arte, é poesia.

Há autores homens que escrevem como se fossem mulheres. E aí? O que vamos pensar? Oras, o autor quis revelar a voz de um eu-poético feminino, e não que na vida dele ele tenha a pretensão de tornasse uma mulher...

Bom, essas são as minha considerações de hoje.
Vamos discutir mais sobre o assunto, quem sabe alguém não me convence o contrário?



Em nome de sueli rodrigues
Enviada em: sábado, 22 de maio de 2010 12:24
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Res: Res: A Obra e o Poeta

Nem tentarei te convercer de nada. pois penso exatamente como você:nem tudo que escrevo sou eu, nem sou eu tudo aquilo que escrevo...




Em nome de sueli rodrigues
Enviada em: sábado, 22 de maio de 2010 12:37
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Res: minhas letras

Minhas letras
No somos o que escrevemos,
Somos sonhos, realidade, idealizao.
Somos sementes de uma nica plantao.
Tentamos transformar em palavras:
Tantas letras.
E em versos:
Tantas palavras
E em frases:
Essas palavras:
Que nos vem mente
de todas as formas:
Em rimas, em blocos ou
Simplesmente soltas no ar.
Basta deixar fluir o pensamento
E o verso arrebenta...
Logo sai.

Sueli




Em nome de VITORIA SANTOS
Enviada em: domingo, 23 de maio de 2010 00:47
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: minhas letras

poliana somos incapases de descrever o quanto as letras são importantes em nossas vidas, fico imaginando o que séria de minha vida se elas não existissem, obrigada por tantas letras. um abraço!




Em nome de danubia ivanoff
Enviada em: domingo, 23 de maio de 2010 15:57
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: boa poesia: pela arte de paulo ruivão

muito boa essa poesia do Paulo Ruivão, Pela Arte. O escultor, o pintor, o escritor, o poeta... a poesia nas artes, a arte da poesia - ferramenta afiada do olhar do poeta - poeta que esculpe, usa caracteres e pinta o sete, que absorve tudo e torna o todo-arte poesia, que pode tornar todo resto o que bem entender, sempre pela arte.. parabens, gostei muito.Danubia Ivanoff



Em nome de danubia ivanoff
Enviada em: domingo, 23 de maio de 2010 16:17
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Res: A Obra e o Poeta

É possível achar vidas na obra de um poeta, inclusive a sua própria vida, a vida é inexplicável e a poesia não tem a pretensão de explicá-la, tem sim a intenção de torná-la mais leve, mais abstrata, mais concreta, mais contraditória!! a obra é resultado do processo do que vem a ser poeta, no processo, entretanto, pode se silenciar muitos versos, porque a poesia também transcende a escrita e, portanto, a própria vida e obra! Nesse sentido, obra é vida do poeta, vida vivida ou não - porque há quem viva sonhando - e a vida do poeta já é obra prima, primeira, primeva, porque o que importa prioritáriamente é o seu olhar, noutras palavras: a visão de mundo do poeta.

Danubia




Em nome de Karin Hessel
Enviada em: segunda-feira, 24 de maio de 2010 09:56
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RES: Res: A Obra e o Poeta

Meu queridos, não se enganem...”o poeta é um fingidor...”

Beijos,

Karin




Em nome de sueli rodrigues
Enviada em: segunda-feira, 24 de maio de 2010 11:16
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Res: RES: Res: A Obra e o Poeta

finge que não senteo que deveras sente...




Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: segunda-feira, 24 de maio de 2010 13:34
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

"Viramundo inveterado
Se não morrer, eu mato essa desnutrição
E um dia ainda viro esse mundo
Em poesia, festa e pão"
(Citações livres mescladas de Gil e Raul)

Pró-Vocação (2ª versão)

Escrever? Participar? Me expor?... Deixa disso!
Não quero saber de compromisso
E ainda por cimaMeu texto parece um ouriço, um chouriço...O que vão pensar?Sublime? Vulgar?...E se depois quiserem me apedrejar?Só de imaginar as reações, começo a suar...
E se descobrirem que sou louco?(Outro dia não perceberam por pouco...)Vou ficar no meu canto, sozinho com meu canto...
(As paredes e as grades pelo menos não reagem...)Não quero incomodarNem emocionar, nem inspirarNem fazer rir, nem fazer chorar
Nem permitir que venham me ridicularizar
(O que pode ser o preço da coragem de partilhar...)
E aquele chato, que só sabe rimar?...Quem o pode suportar? Ele vive em mim querendo me pró-vocar...Prefiro vegetar.Gramado sem flores...Árvore sem frutos...
Talvez completo e desolado deserto...Vou me calar...(...)
Shhh!!!
Silêncio!!!As musas podem despertar!...
E se elas fizerem um Jardim do Éden deste lugar?!
Como iremos ficar?!?!...
(...)
Sina de Cigarra

Versos brotam das veias e da vidaDádivas encharcadas com as cores do coraçãoTalvez pegadas em areias perdidasTalvez canções cantadas em vão
Vou cantando minha vidaVou vivendo minha canção
Prosseguindo nessa lida
Até cumprir minha missão Passe eu, passe o mundoO que me importa é poder cantar
Cigarra convicta, por saber no fundoQue minha canção não vai passar
(Quanto à finalização destes textos, não precisam se preocupar...
Já me impus um limite que não vou ultrapassar
Chegando nele, não mais insisto
Na versão 700 eu desisto...)

Recebi alguns comentários, os quais gostaria de partilhar:

"Esse elemento é um fanfarrão"
(Capitão Nascimento)

"Maldita hora em que acabaram com a censura! Se fosse no meu tempo, esse subversivo já estaria preso."
(General Médici)
(...)

Justificativa das várias versões:
O que me incomoda é o que deve-se salvar no texto: A mensagem? A forma? A sonoridade? O ritmo? A estética?... Deixar o caos imperar? Equacionar tudo isso é um desafio para mim, embora procure dar preferência para a mensagem e seu efeito. (Um dia vou tentar responder essa questão, no meu TCC do Jardim de Infância da poesia. Enquanto isso, peço encarecidamente muita paciência.)
Outra coisa: quando envio o texto, a minha formatação vai pro espaço. E só vou falar mais uma coisa: não tenho mais nada a falar.

Fabius Chatus Inconvenientis Desengraçadus



Em nome de polianna menina
Enviada em: terça-feira, 25 de maio de 2010 02:28
Para: poesia tantas letras
Assunto: o poema que quer nascer

Sempre estive aqui
Bem dentro
La no fundo
do mundo
me tem nos olhos
e sorri minhas belezas
me acata como verdade
me vive como saudade
me canta canções de ninar
respira pra me alegrar
poema de mim mesma
cada pedaço um traço
cada toque um retoque
cada segunda
inteira
primeira
divide comigo o sol
no céu diz ser meu lugar
vestida de tanta luz
me diz estrela a brilhar
encontra em mim de verdade
verdades desconhecidas
me ensina sinceridade
autenticidade me inspira
e esse meu moço novo
me trouxe ao mundo
um novo
um mundo de duas almas
num arco Iris sem fim
daqueles que tem no infinito
criado por Deus
tão bonito
meu moço me empresta o amor
sim o amor desenhado
por ti com fervor procurado
e que tem tanto me dado
me deixa ser de verdade
parte do seu existir
me deixa enfim nascer
nascer de dentro de ti...




Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: terça-feira, 25 de maio de 2010 08:26
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: o poema que quer nascer

Poliana:
Seus versos simples e encantados me cativam.
Há pouco tempo, descobri algumas canções do Benito di Paula (compositor que era injusta e levianamente desprezado por mim), e encontrei poesias puras e inspiradas, parecidas com as tuas. Esta que vc enviou me lembrou uma em especial, que gostaria de partilhar. Espero que goste.

Amigo do Sol, Amigo da Lua
Benito Di Paula
Composição: Benito Di Paula / Márcio Brandão
E ê criança presa ê, brinquedos de trapaças Quase sem história pra contarVocê criança tão liberta me tire dessa peça, E assim ter história pra contarEstrela que brilha em meu peito e me leva pro céu Em cantos cantigas canções de ninarMe deixa no galho no galho da luaNo charme do sol pra me despertar
Estrela que brilha em meu peito e me leva pro céuEncantos cantigas canções de ninarMe deixa no galho no galho da luaNo charme do sol pra me despertar
Vem amigo nadar nos riosVem amigo plantar mais liriosNo vale no mato e no mundo vamos brincarVem amigo nadar nos rios
Vem amigo plantar mais liriosNo vale no mato e no mundo vamos brincar
Com carinho,
Fábio



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: terça-feira, 25 de maio de 2010 09:16
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: o poema que quer nascer

Proteção às Borboletas
Benito Di Paula
Composição: Benito di Paula
Eu sou como a borboletaTudo o que eu penso é liberdadeNão quero ser maltradado,nem exportado desse meu chão
Minhas asas, minhas armas, não servem para me defenderAs cores da natureza pedem ajuda pra eu sobreviver
Você que me vê voandoComo a paz de uma criançaVocê sabe a minha idadeEu sou sua esperança
A ordem da humanidadenão deve ser destruídaquando eu voar me proteja]sou parte da sua vida
Eu sou como a borboleta...
Viva! o Sol
Benito Di Paula
Composição: Benito di Paula
A luz que nos restaÉ vida de graçaUm rei que não falaTambém não reclamaÉ brilho, é o caminho que a vida nos chama
Do nosso passadoNas férias da escolaPro mundo futuroÉ nossa energiaDê viva ao sol todos os dias
Toda manhã, pela manhãAbra a janela, faça sua leiDê viva ao solQue ele é nosso rei
Toda manhã, pela manhãAbra a janela, faça sua leiDê viva ao solQue ele é nosso rei

Entre tantas outras, aí vão canções que me surpreenderam. Sei que para alguns pode até parecer heresia, mas estou aprendendo encontrar beleza e poesia em pessoas e lugares inusitados. Mas para isso, tive que me livrar de enormes preconceitos. E o melhor é que os arranjos dessas músicas são de muito bom gosto. Belíssimos mesmo. Vale a pena conferir. (Na minha estante, convivem em harmonia Benito, Milton, Bach, Black Sabbath, Led, Raul, Caetano, Tom, Beatles, Yes, Legião, muita MPB,Gospel, Soul, Funk, Rap, Heavy Metal... e qualquer coisa que me agrade e me diga algo. E mesmo assim, ainda duvidam de que eu seja um maluco beleza)



Em nome de rogerio luiz custodio
Enviada em: terça-feira, 25 de maio de 2010 17:16
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: o poema que quer nascer

Aloha Caros Comparsas Ai Silvão foi muito boa pedida essa intriga entre mano Lobão e mano Caetano,lá vai uma brincadeira em cima dessa intriga; Decadence Avec Elegance-Ló-Bão Vida bandida vida Vida louca vida Noite e dia Me chama Essa noite nãoComo numa Cena de cinema Te atiro Canos silenciososSem causar Mal nenhum Chorando no campo do(A Coitano M)Em mais um Blá Blá Blá Eu te amo Caretano te amo Porra caralho torcida de cuzão quem manda nessa porraé a torcida do Ló-Bão Carta resposta selada registrada carimbada avaliada rotulada de Sir Cúetanol Dendê Meloso A insipiência desta prolixa mixagem insolenteinsofismável mixordia sindrome de abstinênciatentando inocular malogro ao nosso clássicorebolation afro psico-social ciber né ticu acarajé interplanetário conjeturo que o júri fofinhoé simpático mas incompetentequem explodiu Nagasaki e Hiroshima foi Gilfui eu e foi Gilnão foi Gil e foi e(go)u nãoFoi d EU s Todo castigo,ataque Bat-Macumbalista prá mim é pouco salvem o bichinho em extinção(Ló-Bão). Tai comparsas nada contra a criação musical dos referidos musgos acima mas são dois malas sem alça baixando as calça para fazer troca troca de afagos nos próprios egos bagos escrotos cloacas que bosta tudo isso é uma merda e eu como bom papel higiênico me meti bem no meio da barafunda do borroso do furico mesmo e num voo certeiro acerto o cesto e me junto aos demais em resignação. Ai to nem aiBoa sorte Até sábadoDescansem em paz MANO CABEÇA



Em nome de polianna menina
Enviada em: quarta-feira, 26 de maio de 2010 00:00
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: o poema que quer nascer

provoque -me camaleoa... brincar de revidarpalavras cuspidasnem sempre sabidasvividasinteligencia inutilfutilsem graça sem samba sem dançafalar de ninguem pra alguem ouvirse quer saber ninguem querergritarespernearcambalearsaborearo amor dos outrosbrincar de ser louco bobosaber tudotudo o que não sentetudo o que nada ensina se menteamor escondido que vende guerraque finge e encerrae a mãona mãodo cãoah não......é lobo...bobocae..tano manobaianocomo tolo que o ama...que o comprapra ser diferentede gentenormalque amaque sente..



Em nome de Roseane De Lima Taveira
Enviada em: quarta-feira, 26 de maio de 2010 08:09
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: [Bulk] Re: Porque escrever?

Por que escrever, requer uma ousadia, uma loucura insensante, uma necessidade de pasar a outrem, oque no intimo esta guardado.

Pobre Poeta

A negra noite se converte.
E o poeta pendura os teus talentos pelas ruas.
Implorando a tua piedade.
À! Noite escura passaras enfim pelo teu esplendor,
Que sofre gotejado sangue fresco.
Súbitos infelizes, que não tevês a virtudes do teu talento.
Como o poeta o teve por herança, por impiedade.
O seu pobre sentimento se farta de tanto gritar.
Pois não deu ao poeta a prudência de sonhar.
Ao cessar sua tamanha aflição o poeta com a mão no coração,
Chora em lamento por não poder sentir seu fragmento mais pulsar em suas mãos.

Feito em: 00/03/03
Autora Taveira. L.Roseane



Em nome de polianna menina
Enviada em: quarta-feira, 26 de maio de 2010 11:24
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: [Bulk] milagre

Que belo ser...
Nas profundezas da terra ela começa de semente frágil e pequena...
E numa gestação lenta e cuidadosa produz raízes profundas e fortes de cores ainda indefinidas...
A partir daí soberano tronco de cor marrom infinito,
casca grossa e protetora tenta chegar ao limite do infinito ora de maneira correta... Reto e seguro do seu caminho...
Ora busca desviar-se, como quem quer buscar nova luz...
Deste tronco nascem galhos que como dedos trazem cada um sua própria digital...
Uns fortes e robustos carregados de folhas tão verdes quanto frescas...
Outros frágeis e magros de um verde amarronzado e esquisito, mais que por obra da natureza não trazem menos folhas...
E suas folhas por capricho, de cores alaranjadas e alegres embelezam ainda mais esse ser.
Que belo ser.
Arvore de sombra fresca,
nascida de longo tempo,
com tronco de largas costas
e galhos de tantos caminhos
com suas folhas de verdes infinitos
Enfim concebe
flores que te enchem de beleza...
E novas cores...
De rosas a lilás...
E ao fim da estação,
nova gestação...
E frutos produzirá,
sua semente vai espalhar...
Por todo sempre.
E a vida renasce...
das profundezas da terra... De semente frágil e pequena...



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quarta-feira, 26 de maio de 2010 14:17
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: milagre

Apenas uma opinião...

“O milagre, já é estar aqui para ser...”
(Lágrima de Amor – Beto Guedes)

“Há seis mil anos Deus perde tempo fazendo flores e estrelas.
Há seis mil anos o homem é feliz fazendo guerras e asneiras”
(Olha o menino – Jorge Bem)

Não sei nem se o que faço é propriamente poesia. (Quem o sabe?)
Sei sim que brinco (e trabalho também) com as palavras, para transmitir minhas ideias, sentimentos, esperanças, sonhos, brincadeiras, protestos, revoltas, dores, ideais, fé, amor, mensagens...
Enfim, para me comunicar, da forma que sei e da forma que sai.
Comunicar, tornar comum, partilhar, o melhor e, às vezes sem querer, o pior de mim.
Poderia ser por meio da prosa, do teatro, da pintura, da música, do palanque político..., o que às vezes faço ou posso fazer em outros lugares e momentos... Mas hoje é tempo de poesia.
Sei também que cada árvore dá o seu fruto próprio. Nunca ouvi falar (ainda...) de maçãs em laranjeiras, nem de abacaxis em pessegueiros.
Por isso, no que comunico, se manifestam sempre meus condicionamentos, meu temperamento, Meus conhecimentos, minha visão de mundo, meus preconceitos, minha experiência, minha consciência, minhas preferências, minhas vivências, minhas deficiências... Por mais que finja, minta, disfarce, minha escrita é minha filha legítima e carrega minha impressão digital irrepetível.
E o maravilhoso é que somente eu posso dizer o que tenho de dizer, de uma forma que só eu posso dizer.
E as urtigas não invejam os cravos, nem os lírios as margaridas, nem os cactos as rosas, nem as plantas carnívoras os joios... Eles simplesmente são.
Como no firmamento, onde há trilhões de trilhões de trilhões de estrelas, cada uma única, cada uma insubstituível, cada uma com seu brilho e beleza próprios, cada uma com sua finalidade... E mesmo sabendo que há os que digam que as estrelas brilham inutilmente, procuro simplesmente brotar, florescer, brilhar, ocupar o meu lugar no Universo da Poesia.
E sei que há espaço de sobra para todos. (Podem conferir em qualquer livro de cosmologia.)
Poeta- Rei, faz-nos brilhar, que esse mundo precisa da luz da poesia.

“Ser ou não ser, eis a questão”...

Abraços
Fabius Viajantis Intergalacticus Neocyberpoetassaurus Pensatorius




Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quarta-feira, 26 de maio de 2010 17:29
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: milagre

Não serei poeta de um mundo caduco
Porque ontem foi sua missa de sétimo dia
Apenas depositarei uma flor no seu túmulo
E cantarei um novo de paz e poesia

(Eu não nasci ontem...
Nasci hoje, há alguns instantes
Por isso ainda me encanto com o sol, com o céu, com a vida
E só suporto o peso do cotidiano porque renasço a cada momento)

Lagarta por muito tempo
Sei também do sofrimento do casulo
Mas hoje voo livre e levemente
Até entre os sapos que engulo

Quixotesco, louco, sonhador?
Não mereço tão grandes elogios
Mas covarde sei que não sou
Já venci alguns desafios

Esses joios, urtigas e plantas carnívoras que me habitam
Me sufocam, me ardem, me devoram
Mas nem lhes dou importância
O que mais me dói são as crianças que choram

E essa poesia indigesta
Que às vezes soa como autoajuda de 5ª categoria
É o que me sobrou da festa
É o que ainda me dá alegria

Antiquado, piegas, conservador
Talvez você tenha razão
Outro sinônimo é Amor
Que sem querer escapou do coração

Fábio





Em nome de Paulo Ruivão
Enviada em: quinta-feira, 27 de maio de 2010 04:55
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: "O que é Poesia"

Mas "O que é Poesia" para os Poetas do Tantas Letras? Essa é minha
humilde contribuição espero que sintam-se inspirados
a escrever belos versos com esse tema abraço até sábado.

Poesia

Ambiguidade simbólica da imaginação
Condensação filosófica do animal
Lapidação expressiva verbal
Desabafo no mundo da solidão

Interrogações para depois do corpo
Descoberta arqueológica literaria
Conseguinte tradição cultural milenaria
Satisfação frustração peso morto

Propositalmente reticenciado signo
Ritmo carregando significado lato
Canção no campo de algodão atro

Mergulho sem tempo espaço cansaço
Metamorfose linguistica constante
Ourivesaria independente da Palavra




Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quinta-feira, 27 de maio de 2010 08:20
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: Porque escrever?

Um presságio...

A despeito de qualquer oposição ou contratempo, tenho a impressão que a Sociedade dos Poetas Vivos Sub-Versivos instaurou-se naturalmente, espontaneamente...

Amém!



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: quinta-feira, 27 de maio de 2010 13:55
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: milagre

Que ironia!
Hoje é o Dia Mundial das Comunicações, e só o Paulo e eu aparecemos hoje por aqui!
Desculpem-me se eu exagerei, falei besteiras ou ofendi alguém. (Dou tantos tiros no meu pé, que só ando com sapatos blindados...)
Mas é que eu não consigo guardar pra mim essas primaveras particulares que às vezes me acontecem.
Porque o inverno vive a me espreitar...
(Estou falando daqui clandestinamente e a patrulha está chegando...)

Até mais!

Feliz Dia Mundial das Comunicações!



Em nome de VITORIA SANTOS
Enviada em: quinta-feira, 27 de maio de 2010 22:18
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: milagre

esta poésia é encantadora, realmente quando renascemos a cada instante vencemos todos os obstáculos e para vencermos é preciso lutarmos! um abraço, obrigado.




Em nome de VITORIA SANTOS
Enviada em: quinta-feira, 27 de maio de 2010 22:31
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: RE: milagre

tudo que escreveu é muito lindo é poésia, é visão de um verdadeiro poeta, que mesmo vivendo em um mundo tão desumano e tão desigual, ainda existem pessoas como você que se encanta em olhar as estrelas, o sol, a lua o universo em fim! em meio as guerras, e tanta violência, ainda há tempo para sonhar, tudo isso é um verdadeiro milagre, um abraço!




Em nome de Cintia Santos
Enviada em: sexta-feira, 28 de maio de 2010 00:45
Para: Tantas Letras 2010
Assunto: RE: milagre

Belas impressões Fabio!!! Agradeço a todos por essas trocas de poesia, magia, sabedoria e fantasia!!!



Em nome de Fábio Rodrigues do Nascimento
Enviada em: sexta-feira, 28 de maio de 2010 08:42
Para: Tantas Letras Poesia 2010
Assunto: Re: milagre

Obrigado, Vitória!
Aquele silêncio ensurdecedor já estava me preocupando... Pensei que os poetas estavam de greve...rsrs
Pequena grande Vitória:
Só de vc ter entendido e gostado, para mim já é uma vitória.
bj
Até mais!