domingo, 1 de agosto de 2010

- É QUANTO?

- 250!

-Faz por 150?

- Tá...Mas sem os utensílios!


A PROCURA

- Achou?

- Ainda não!

E no chão do quarto
Como algodão a germinar
palavras em bolas de papel.

Letícia


Mulher ...menina...

Que linda mulher
Franzina sem cor, sorriso amarelo
Calçando chinelo
Que linda mulher
De um casebre vi que saiu
A rua estreita subiu
-Bom dia Sr José! Como vai Dona Maria?
-Bem minha filha.Tenha um bom dia
Que linda mulher
Ao comprar o pão
Catando moedas
Contando tostão
-Sr João, dê-me um trabalho
-Posso lavar o chão
Que linda mulher
De volta a sua rua
Aquela estreita
Onde mora o Sr José
Lá mora também Dona Benedita
-Posso entrar dona Benê?
Já tomou o remédio?
A louça já lavei
O almoço deixo pronto
Volto mais tarde descanse.
Que linda mulher
De volta ao casebre
Divide o pão
Aquele que ela comprou
Na padaria do Sr João
Que linda mulher
Brinca de seu casebre arrumar
Com três pequeninos
Brinca de brincar
Canta canções
E embala em seu peito
Quase perfeito
O bebê
Não. É seu irmão
O mais novo
O ultimo que ela entrega
Ao mundo dos sonhos
Que linda mulher
Que guarda
Anjo da guarda
A espera da recompensa
Que entra
Pela porta do casebre
Cansada...
Mais com o dever cumprido
Sim, o mesmo olhar
O mesmo sorriso
-Olá minha doce menina
Um carinho, um beijo
A recompensa...
E a linda mulher
Não tão linda
Vai ao encontro dos pequeninos
No mundo dos sonhos
Merecido descanso
E entre braços quentes e carinhosos
Quem teve que ser mulher
Pode voltar a ser menina
Que linda menina
-Deus...como é bela minha menina


Poliana Menina


roda da fortuna

com distração em mente
Nathalia tateava seu ultrapassado
celular em busca das horas

havia naquele dia um outro celular
última geração
mas este, ao acaso, ficou
na bolsa

em sua elegância simpática
via as horas quando um ladrão
surgiu em sua frente

-passa o celular!

ameaças não são aleatórias
um sujeito fica convincente
com uma arma na mão
escondida por um capacete

-coloca seu celular aqui!

o celular trocara brevemente
de dono
H. olhou rapidamente a peça
de museu em seu capacete

- tó moça, eu não vô fazer isto com você,
tó o seu celular de volta.

uma semana depois
nosso herói as avessas
decide atacar novamente
alvo:
uma moça elegante

-passa a bolsa!
-pensando bem, manda o celular!

dejavu:
ameaça convincente
arma escondida no capacete

nosso herói partia triunfante
em meia volta e de arma
no bolso
quando fora interrompido

-moço, deixa eu falar uma coisa?
da outra vez você me assaltou,
me devolveu o celular de volta.
você vai mesmo ficar com ele?

(Sol) Lyllytthhg
Inverno/2010


TROCAS
(Para o amigo Jorge)

- Dá um autografo?
- Claro com prazer.
“Para o amigo Fabio, Com Carinho.”
- Não é Fabio, é Jorge
- Jorge? Como assim?
- É. Meu nome é Jorge...
- Nossa! Que confusão... Perdão!
Pegue outra revista,
- Não dá. Esta já tem outros autógrafos
- Que pena! E agora?
- Sem problemas, passe branquinho - diz o Silvio.
- Não dá, fica feio, darei outro jeito.
“Para o amigo Jorge (Fábio), Com carinho”
- Obrigado, ficou bom.
- Desculpe a confusão,
Tantos poetas, Tantas Letras, tantas escritas...
Delirei, viajei, admirei a cria.
Agora só tem um jeito:
Jorge, Jorge, Jorge
Repetir três vezes
Pra nunca mais esquecer.

Sueli R. S. Simão

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